sábado, 12 de janeiro de 2013


                    VEREDAS DA VIDA

Quem anda por estes caminhos que um dia andei

por certo pisará espinhos que eu também pisei

vai achar porteiras, vales, cordilheiras, ventos, vendavais

Lavará seu rosto num mar de desgosto que este mundo trás

Há de tropeçar quando se encontrar numa encruzilhada

pensará então, no seu coração, que o tudo é nada

quer parar, não pode, pois no peito explode toda a fé perdida

passa a ver que a luta é que nos faz mais fortes do que a própria vida


Eia! Faça o seu destino, moço!
Sou um moço velho, neste evangelho de cantar a vida
Eia! Siga o seu destino, moço!
Toda hora é dia, todo dia é hora, é tempo de partida.

Quem anda por estes caminhos que um dia andei

por certo achará carinhos que eu também achei

uma voz na igreja, sempre benfazeja, a nos consolar

o cantar de um hino sobre um peregrino que nos vem salvar

a sombra fagueira de uma gameleira à beira do caminho

toda maestria, feita em cantoria, de um passarinho

um abraço amigo, que nos dá abrigo no revés da sorte

é o amor que grita e que nos ressuscita até da própria morte


Eia! Faça o seu destino, moço!
Sou um moço velho, neste evangelho de cantar a vida
Eia! Siga o seu destino, moço!
Toda hora é dia, todo dia é hora, é tempo de partida.

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